8 de abril de 2013

Proposta regulamenta prática de equoterapia para pessoas com deficiência


A prática de equoterapia deverá ser condicionada a parecer favorável em avaliação médica, psicológica e fisioterápica.

Close da cabeça de um cavalo em uma área verde
Câmara dos Deputados analisa oProjeto de Lei 4761/12Site externo., doSenado, que regulamenta a prática de equoterapia (método de reabilitação que utiliza o cavalo para o desenvolvimento de pessoa com deficiência).
Pela proposta, a prática de equoterapia deverá ser condicionada a parecer favorável em avaliação médica, psicológica e fisioterápica. Ela seráorientada pelas seguintes condições, conforme regulamento posterior:
- Equipe multiprofissional, constituída, no mínimo, por médico, veterinário, psicólogo, fisioterapeuta e um profissional de equitação;
- Programas individualizados, a partir das necessidades e potencialidades do praticante;
- Acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo praticante, com o registro periódico, sistemático e individualizado das informações em prontuário;
condições que assegurem a integridade física do praticante, como instalações apropriadas, cavalo adestrado, equipamento de proteção individual e de montaria disponível, vestimenta adequada e garantia de atendimento médico de urgência ou de remoção para serviço de saúde em caso de necessidade.
Benefícios
“A equoterapia emprega o cavalo como agente promotor de benefícios físicos, psicológicos e educacionais de seus praticantes. A atividade exercita tanto o organismo quanto a psique humana, contribuindo para o desenvolvimento da força e tônus musculares, flexibilidade, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio”, diz o autor do projeto, ex-senador Flavio Arns.
“A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, o ato de montar e o manuseio final, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima”, acrescenta.
Alvará de funcionamento
Segundo o projeto, os centros de equoterapia só poderão operar depois de receber alvará de funcionamento da vigilância sanitária, de acordo com as normas previstas em regulamento.
A prática será subordinada à legislação de proteção animal, e o cavalo utilizado deverá apresentar boa condição de saúde; ser submetido a inspeções veterinárias regulares; e ser mantido em instalações apropriadas.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelascomissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

DF: aprovada lei que impede cobrança extra de alunos com deficiência


O Distrito Federal (DF) promulgou nesta terça-feira uma lei que impede cobrança de taxas extras para a educação de alunos com autismo, síndrome de Down ou algum transtorno do desenvolvimento em qualquer instituição de ensino. A lei 5.089 foi sancionado pelo governador Agnelo Queiroz e publicada no Diário Oficial. A partir de agora, creches, escolas e universidades do DF estão proibidas de cobrar um preço maior pela matrícula desses estudantes.
A lei, de autoria do deputado distrital Robério Negreiros (PMDB), determina ainda que, além de não exigir valor extra, as instituições devem se preparar adequadamente para receber alunos com necessidades especiais. O objetivo é garantir igualdade tanto no ingresso quanto na permanência de estudantes com algum tipo de distúrbio no Distrito Federal.
"Esta lei dissemina a questão da inclusão do estudante nessas instituições de ensino, evitando qualquer tipo de preconceito", afirmou o deputado ao Terra. "É uma vitória para essas famílias", garantiu o autor da lei.
O projeto de lei previa a aplicação de multa às instituições que não se adequassem às exigências. No entanto, esse artigo foi vetado porque definia o valor em salários mínimos - o que, segundo o deputado, não pode ser aprovado. A multa prevista era de 7,5 salários mínimos. Ele agora pretende aprovar um projeto que inclui uma multa, definida em R$ 5.085, para quem não respeitar a lei. "Mesmo sem multa, porém, a lei é clara quanto à proibição de qualquer tipo de taxa", disse Robério Negreiros.
 Fonte:Matéria tirada do site terra.

Espanha tem a primeira vereadora com síndrome de Down




A vereadora espanhola, Angela Bacheler
Valladolid terá a primeira vereadora municipal com síndrome de Down da Espanha, segundo anunciou nesta quarta-feira o prefeito de Castilla y León, Francisco Javier León de la Riva.

A futura vereadora, que estava em 18 º na lista das últimas eleições, entra em substituição de Jesus Garcia Galvan, que está prestes a deixar o cargo.
“Até o momento, a candidata número 18  do PP municipal, Angela Bacharel, trabalha como assistente administrativa na cidade de Valladolid.”
Nesta entrevista abaixo,  concedida à repórter Eva Martin, realizada no final das últimas eleições municipais, Angela Bacharel justificou a sua decisão de participar do pleito: “é para que as pessoas a percebam que nós, pessoas com deficiência, podemos tudo, temos muita força de vontade”.
“Esta é a opinião de Angela Bacharel, a primeira pessoa com síndrome de Down que participou das recentes eleições nas listas do PP em Valladolid.
Embora não tenha saído no jornal nem aparecido nos cartazes eleitorais da última eleição, pode-se dizer que ela é a política com quem mais se identificam as pessoas com deficiência intelectual, por sua firmeza de ideias e forma natural de expressá-las.
Angela Bacharel é um exemplo de inclusão na sociedade. Como todos os adultos espanhóis, pode exercer o seu direito de participar de listas de partidos políticos se tem habilidades e competência para isso. E nesse caso ela é um “vulcão” de otimismo e compromisso com os seus pares. Participa na política apenas para que a sociedade conheça mais as pessoas com deficiência intelectual e para que as barreiras mentais que existem  desapareçam.
Depois de seu dia de trabalho e antes do penúltimo comício com candidatos do PP tomei um café com ela e sua mãe, dois exemplos de mulheres lutadoras.
Angela, você sente orgulho de ter entrado nas listas de um partido?
Sim, e gostei muito de fazer a campanha. Fiquei super contente de ter podido participar da lista. O prefeito disse que fui um exemplo de esforço e superação … Fiquei emocionada quando me disseram que fazia parte da lista do partido.
Gosta de política?
Não
Então … por que você decidiu dar este passo?
Para as pessoas perceberem que as pessoas com deficiência podem tudo, têm muita força de vontade.
Imagino que esta passagem ”temporária” pela política tenha sido uma experiência inesquecível. Você recomendaria a outras pessoas com deficiência intelectual que também o fizessem?
Claro. Elas podem.

O que você acha que você pode oferecer ao partido?
Eu acho que se deve trabalhar mais questões das pessoas com deficiência, como o emprego (pensa alguns minutos e repete enfaticamente). Emprego.
O que você acha que pode melhorar na sua cidade para as pessoas com deficiência?
Participarmos mais e sermos mais ouvidos. Nós poderíamos melhorar ainda mais a acessibilidade dos locais como museus, transporte … também organizar mais atividades para nós na área de lazer e esporte.
Nas organizações de pessoas com deficiência optamos por uma sociedade justa, mas a realidade é que a sociedade discrimina as pessoas com deficiência pelo fato de terem uma deficiência …
Sim, sim. Acho que sim.
Como você acha que poderia ser mudar a sociedade?
Educação.
A educação e a formação são dois pontos que Angela destacou várias vezes nesta entrevista em que ele termina com um provérbio que ela segue e recomenda a todos “não se preocupe, ocupe-se.”
Por Eva Martin.
Fonte: Down21 e FEAPS Castilla y León