30 de janeiro de 2012

Pessoas com deficiência física, esclerose múltipla e síndrome de down devem receber cuidados especiais na estação mais quente do ano.



Menino em cadeira de rodas joga bola com menina em pé
Embora seja sinônimo de diversão e descanso, o verão e suas características altas temperaturas podem causar prejuízos a qualquer pessoa que não estiver atenta a cuidados importantes exigidos nesta época do ano. Entre aspessoas com deficiência não é diferente. Por isso, a Avape - Associação para Valorização de Pessoas com DeficiênciaSite externo.  faz um alerta para evitar problemas e desconfortos decorrentes do calor em pessoas que possuem alguns tipos de deficiência.

De acordo com Maria Claudia Araujo, psicóloga da área técnica em pesquisa, desenvolvimento de projetos e treinamento da Avape, é sempre importante reforçar a necessidade de cuidados que são básicos e indicados a qualquer pessoa, como uso de protetor solar com fator apropriado a cada tipo de pele (indicado pelo médico dermatologista), evitar exposição ao sol entre às 10h e 16h e tomar muita água, além de dedicar uma atenção ainda maior a crianças e idosos.

No entanto, existem deficiências que exigem mais atenção e cuidados específicos na estação mais quente do ano. No caso de pessoas com Síndrome de Down, por exemplo, é preciso estar alerta, pois o excesso de calor pode aumentar o quadro de hipotonia, que é a condição em que o tônus muscular está baixo de forma anormal, geralmente envolvendo redução da força muscular.
Já pessoas com albinismo devem reforçar os cuidados com a pele e os olhos durante o verão, considerando a alta sensibilidade da visão dos albinos e o risco de desenvolverem doenças associadas à exposição ao sol.

Quem possui esclerose múltipla deve evitar ao máximo o excesso de calor, já que ele piora o quadro de aumento da distonia, ou seja, a diminuição ou perda dos movimentos durante uma ação, devido à contrações musculares involuntárias, lentas e repetitivas.

Além disso, pessoas com deficiências físicas podem ter a sensibilidade comprometida e não sentir o calor na pele, o que pode causar queimaduras de sol graves, assaduras causadas pelo calor e ainda feridas ocasionadas pelo atrito da pele com a areia da praia.

"As famílias de pessoas com deficiência devem sempre ser orientadas por profissionais responsáveis, como médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos, sobre os cuidados que devem ser tomados no verão, ou em qualquer outra situação", diz Maria Claudia Araujo, gerente técnica em pesquisa, desenvolvimento de projetos e treinamento da Avape.

Em suas unidades, a Avape conta com equipes especializadas que podem orientar familiares de pessoas com deficiência sobre cuidados especiais a serem tomados tanto no verão quanto em qualquer outro período do ano. Entretanto, é importante que casos que exigem tratamentos mais específicos, um médico dermatologista também seja consultado.

24 de janeiro de 2012

Governo publica novas regras para programa habitacional

O Governo Federal publicou novas regras para deslanchar o programa Minha Casa Minha Vida nas regiões metropolitanas, uma delas esclarece os percentuais voltados às cotas para idosos e pessoas com deficiência.
A nova regra deixa claro que os novos conjuntos habitacionais para a baixa renda tenham uma cota de até 3% para famílias que tenham pelo menos um idoso e mais 3% para as que tenham um integrante com deficiência. Esses percentuais já existiam anteriormente, mas não estavam claros na legislação. Permitiam a interpretação de que os 3% valiam para idosos e pessoas com deficiência de forma conjunta.
No segmento de baixa renda (famílias com renda mensal de até R$ 1.600), o governo vai autorizar que os prefeitos dessas cidades possam combinar entre si na hora de escolher os beneficiários e as localidades onde as unidades serão construídas. 
A medida vai beneficiar sobretudo as regiões metropolitanas de Belo Horizonte e São Paulo, onde há moradores em áreas de risco e favelas, mas praticamente não existem terrenos disponíveis ou os preços são muito elevados.

Serviço e produtos para pessoas com deficiência quintuplica na década

A cada dia, 500 brasileiros tornam-sepessoas com deficiência (PcD). Hoje esse grupo já chega a 45,6 milhões, ou 23,9% dos habitantes do País, segundo dados de 2010 doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)Site externo.. Atendendo a esta população, o setor de produtos e serviços para pessoas com deficiência movimentou cerca de R$ 3,5 bilhões em 2011, tendo quintuplicado seu faturamento em dez anos. Em 2012, a expectativa de crescimento é de ao menos 20%, impulsionados pelo Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite, lançado em novembro de 2011 pelo governo federal. "Este é um mercado muito novo, porque o Brasil nunca teve guerra, que é um fato gerador de deficiência", afirma o presidente da Associação Brasileira das Indústrias e Revendedores de Produtos e Serviços para Pessoas com Deficiência (Abridef)Site externo., Rodrigo Rosso.

De acordo com ele, por muitos anos a PcD não era considerada consumidora por não ter renda própria. Isso mudou há cerca de oito anos, quando a Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência (Lei 8.213/1991) se efetivou na prática, estipulando que de 2% a 5% do quadro das empresas devem ser ocupados por essas pessoas. "Quando elas passaram a receber salário, começaram a ser reconhecidas como agentes econômicos", conta Rosso.

Entre indústrias e prestadores de serviços, cerca de sete mil empresas compõem o setor, e em sua maioria são pequenas e médias. "Indústria e serviços atuam muito próximos, pois o fabricante faz um produto padronizado, que muitas vezes é adaptado pela prestadora de serviços à necessidade de cada um", diz o presidente da Abridef, citando o exemplo dos automóveis adaptados, dos quais cerca de 30 mil são vendidos anualmente.

Fonte: http://www.dci.com.br/Site externo.

22 de janeiro de 2012

Censo de pessoas com deficiência em São Paulo vai começar em março

Entre os dias 1° de março e 30 de abril deste ano, a Prefeitura de São PauloSite externo. fará um censopara apurar informações e cadastrar a população depessoas com deficiência emobilidade reduzidamoradora da Capital paulista.

De acordo com a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade ReduzidaSite externo., essa será a primeira vez que um levantamento amplo será realizado. “O objetivo é levantar o número de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Saber onde estão, como vivem e como elas estão. Queremos identificar qual o perfil”, explicou Daniela Tolzer Delgado, membro do Grupo de Trabalho coordenado pela Pasta. Segundo Daniela, de extrema importância, o material coletado servirá de parâmetro para que sejam propostas novas políticas públicas. “Essa será uma verdadeira ferramenta de inteligência de gestão. Será um estudo mais sólido. É o primeiro censo realizado com todo esse cuidado”, afirmou.

Segundo Daniela, a partir do dia 1° de março, o formulário do Censo-Inclusão será enviado às residências da Capital. O questionário também será disponibilizado na internet, por meio do endereço eletrônico www.censoinclusao.sp.gov.brSite externo., poderá ser preenchido e entregue até o dia 30 de abril.

“Temos algumas frentes de trabalho, através do IPTU vamos mandar anexo carta explicativa com o formulário a ser preenchido e devolvido à Prefeitura. É simples, a pessoa preenche e manda de volta, sem qualquer custo”, disse ela que explicou ainda que o questionário contará com questões como: qual o tipo de deficiência, se é deficiência congênita ou adquirida, os lugares frequentados, os recursos de acessibilidade que mais costuma usar. E questões relacionadas também à vida escolar e profissional.

Formulário acessível será disponibilizado
O mesmo questionário que será colocado à disposição de toda a população moradora da cidade nas subprefeituras e será ainda enviado pelos Correios estará também disponível de forma acessível, segundo a Secretaria da pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.

Contendo informações sobre o programa, recursos de acessibilidade permitirão que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida preencham o formulário de maneira segura e autônoma.

“O site entrará no ar com todos os recursos de acessibilidade, como aumentar a letra, o contraste para quem necessita, será compatível com os principais leitores de tela”, disse Daniela Tolzer Delgado.

Vídeos contendo a tradução de todos os textos exibidos por meio da Língua Brasileira de Sinais também serão incluídos no site. Entre 1° de maio e 31 de agosto os dados serão cruzados. O resultado do Censo-Inclusão, segundo Daniela, será divulgado pela Pasta por meio do site em 31 de dezembro deste ano.



Os dados obtidos servirão de parâmetro para novas políticas públicas. O questionário poderá ser preenchido até 30 de abril. 

Assista à entrevista em vídeo que o Vida Mais Livre realizou sobre o Censo das pessoas com deficiência da cidade de São Paulo

Fonte: http://www.metronews.com.br/Site externo.

20 de janeiro de 2012

Ginástica Olímpica ajuda crianças Autistas a superar os Obstáculos


Para quem brincar é um desafio? No Rio de Janeiro, um professor de Educação Física descobriu que aulas de Ginástica Olímpica podem ajudar muito. Um sorriso diz muito mais do que as poucas palavras do Guilherme, que tem três aninhos, e só agora, falou “mamãe” pela primeira vez. “Nem acreditei, ele falou, aí ele falou de novo e meu marido disse: ‘você ouviu?’ Eu falei: ‘acho que é e foi emocionante’”, contou a mãe de Guilherme, Bárbara de Jesus.
Guilherme tem autismo, a síndrome que afeta a comunicação, o comportamento e o convívio social. “Ele custou a andar, andou com 1 ano e 6 meses. Ele não falava, uma criança com 1 ano já fala, ele não falava nada”, contou a mãe Bárbara de Jesus.
Às vezes, falar não faz falta. Guilherme participou da primeira Copa de Ginástica para Crianças Autistas no Rio de Janeiro. Ele fez exercícios difíceis e se divertiu com a descoberta do que o corpo pode fazer.
A idéia de ensinar ginástica para crianças autistas é do professor Rodrigo Brivio. Os resultados são surpreendentes. “A gente sofre junto, vencemos juntos. É um obstáculo que eles superam aqui dentro e no dia a dia deles”, diz o professor.
São 50 alunos. Turma cheia.
Repórter: Quando você não consegue se comunicar da maneira convencional, como é feita essa comunicação?
Rodrigo Brivio: Através do abraço, do beijo, do carinho.
Um menino que vinha tendo aula com o Rodrigo não falava. “Ele tinha parado de falar e não tava falando e no meio de uma aula com os estímulos que ele dá, ele voltou a falar, e isso é emocionante”, contou a professora de Educação Física Simone Correia.
A Juliana é adolescente. Tem 12 anos. Duas vezes por semana, faz as aulas de ginástica com o professor Rodrigo e já melhorou demais a coordenação motora, e a noção de tempo e espaço.
Não importa o estilo que a Juliana vai puxar a corda, nem quanto tempo ela vai levar. O que vale é que quando ela concluir esse circuito, vai saber como é o gostinho de ser campeã.
A Juliana, o Guilherme, todos os 50 pequenos atletas foram premiados com medalhas. “Muda a vida de um pai. Acho que a gente aprende a ser mais humano, mais humilde. Amar mais”, contou Bárbara de Jesus.
“É uma conquista a cada dia. A gente vê que ela está fazendo com prazer e isso é muito bom para a gente”, disse a mãe de Juliana, Georgia Fonseca.
Veja a matéria completa em video, clicando no link abaixo:

9 de janeiro de 2012

Projeto permite bolsa para deficientes que exerçam ensino ou pesquisa

CâmaraSite externo. analisa o Projeto de Lei 2449/11, do deputado Anthony GarotinhoSite externo. (PP-RJ), que permite apessoas com deficiência receber bolsa ou auxílio financeiro pelo exercício de atividades de ensino ou pesquisa relacionadas à melhoria da qualidade de vida desse segmento populacional, mesmo que elas já recebam algum benefício previdenciário, inclusive aposentadoria por invalidez.

“São esses cidadãos as pessoas com o perfil mais indicado para sugerir, avaliar, validar e promover o ensino e a pesquisa cuja finalidade seja a melhoria da qualidade de vida dos seus pares”, justificou Garotinho.

No caso da aposentadoria por invalidez, por exemplo, atualmente ela deixa de ser paga quando o segurado recupera a capacidade para exercer atividades que lhe garanta o sustento.

Para evitar prejuízos decorrentes do conflito com benefícios já existentes, a proposta determina ainda que a bolsa ou auxílio não farão parte do cálculo da renda familiar per capita para fins de concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de NotíciasSite externo.

Jovem com deficiência garante direito de obter CNH

Uma jovem estudante de Psicologia, que possui deformidade congênita do membro superior esquerdo, moradora de São LeopoldoSite externo., na Grande Porto Alegre, queria ter o direito de realizar aulas práticas de direção na cidade onde mora e obter sua carteira de habilitação. Por meio da Defensoria Pública do Estado (DPE/RS), ela ajuizou ação contra um Centro de Formação de Condutores (CFC) de São Leopoldo, que não disponibiliza carros adaptados para que pessoas com deficiência realizarem as aulas práticas. O pedido da estudante surtiu efeito.

No último dia 7 de dezembro, o juiz Charles Maciel Bittencourt, da Comarca de São Leopoldo, concedeu tutela antecipada (liminar) para a ação, determinando que, no prazo de 30 dias, seja fornecido um veículo adaptado para a estudante realizar as aulas práticas. A jovem está lutando para ter sua carteira de habilitação desde maio de 2010. A ação inclui, ainda, o Governo do EstadoSite externo. e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS)Site externo..

Pessoas com deficiência possuem direitos iguais aos de qualquer outro indivíduo, garantidos pela Constituição Federal e por diversos acordos internacionais, dos quais o Brasil é signatário”, lembra a defensora pública Caroline Mazzola Panichi, responsável pela ação. Segundo ela, decisões como a do juiz Bittencourt, “contribuem com a construção de uma sociedade mais consciente das necessidades especiais e da importância de se efetivar os direitos constitucionais à igualdade e à dignidade a todas as pessoas”.

Para a defensora pública, o caso servirá de exemplo e de motivação para que outras pessoas, que também possuem alguma deficiência física, busquem vencer as barreiras e os obstáculos para obter seus direitos. “A autora da ação é independente e consciente de sua condição, estando plenamente apta a praticar as atividades de sua vida cotidiana, tanto que estuda, trabalha e reside sozinha”, afirma Caroline.

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH), conforme a defensora pública, pode ser obtida por qualquer pessoa que consiga passar nos exames necessários, inclusive o candidato com algum tipo de limitação física, como é o caso da autora. “Considerando que a deficiência apresentada pela estudante não interfere em sua capacidade de dirigir, podendo conduzir veículo normalmente, o único detalhe que deve ser observado é que o veículo deve ser adaptado”, ressalta. A autora, lembra Caroline, passou por avaliação com médico perito do CFC, bem como pela Junta Médica Especial do Detran/RS.

De acordo com o juiz, o CFC poderia firmar um convênio, ou locar o veículo para a prestação do serviço, caso não queira dispor de um veículo, pois a cidade de São Leopoldo possui em torno de 200 mil habitantes. “Por si só, esse número já demandaria a necessidade de ter, ao menos, um veículo apropriado para realização das aulas práticas por pessoas com deficiência que queiram fazer sua carteira de habilitação”, defendeu o magistrado.

Luta pelo direito de dirigir
Desde maio de 2010, a assistida da DPE/RS está tentando concretizar seu direito de ter a carteira de habilitação. Na época, o CFC procurado pela estudante informou que ela não poderia realizar suas aulas práticas em São Leopoldo pois a empresa não possuía carro adaptado às necessidades da jovem. Na região Metropolitana de Porto Alegre, somente Canoas conta com um carro adaptado disponível para aulas práticas de direção. Contudo, a assistida não tem condições de ir à cidade, pois seus horários não permitem esse deslocamento, mesmo que sejam cidades próximas com cerca de 20 quilômetros de distância entre elas.

Vendo que o problema de sua filha não seria solucionado, o pai da estudante encaminhou, em junho deste ano, uma mensagem eletrônica para um jornal da Capital contando o drama da estudante. Após a publicação o CFC de São Leopoldo entrou em contato com Rafaela convidando-a para uma reunião. No encontro, foi garantido à estudante que um carro seria alugado para que ela pudesse fazer as aulas práticas no veículo adaptado. Com a solução encaminhada, a jovem pagou as taxas para realizar as aulas de direção.

Entretanto, em agosto, quando terminaram as aulas teóricas, estando apta a realizar as aulas práticas, a estudante teve a informação, por parte do CFC, de que o carro adaptado não estava disponível. A empresa não conseguiu o veículo e devolveu o dinheiro pago pelas aulas práticas. E, em setembro deste ano, a estudante se dirigiu à DPE/RS para buscar auxílio e resolver a questão de maneira amigável. Entretanto, após algumas tentativas, nenhum retorno havia sido dado pelo CFC. Dessa maneira, a defensora pública Caroline Panich decidiu ajuizar a ação contra o CFC.

A ação
A ação ajuizada pela defensora pública Caroline Panichi mostra a situação vivida pela estudante desde maio deste ano, evidenciando como os seus direitos de igualdade, acessibilidade e dignidade foram violados. Além disso, o processo salienta a responsabilidade do Departamento Estadual de Trânsito e do Estado do Rio Grande do Sul na situação. “O Detran é o órgão que delega o serviço aos CFCs para atender a população, contudo nem todos os indivíduos conseguem concretizar esse direito”, lembra.

A antecipação de tutela foi concedida uma vez que, caso a decisão tardasse a ser tomada, o dano causado à estudante seria irreparável ou de difícil reparação. “Isso porque a assistida iniciou formalmente o procedimento para obtenção da carteira de habilitação em junho deste ano, com o pagamento da taxa e das aulas teóricas e, a partir desse momento, tem 12 meses para concluir o processo de obtenção da carteira”, conclui Caroline.

Fonte: http://www.vezdavoz.com.br/Site externo.